antonio.q Ter 08 Fev 2011, 23:26
Afinal este fim de semana acabou por não correr bem e não cheguei aos Pirenéus.
Pela primeira vez, ao fim de quase 200 mil kms, a Translp não melevou ao destino.
Saí de casa pelas sete da manhã como tinha planeado e segui pelo IP4. O tempo estava bom, bem fresquinho mas nada de demais.
Ao chegar a Bragança a moto pediu a reserva e estranhei por achar que seria demasiado cedo, até porque tinha ido a andar meio devagar por causa de todas as obras na estrada. O motor foi mesmo abaixo e demorou a pegar outra vez.
Entrei na cidade e reabasteci, 12 litros. Achei que não justificava aquela paragem. Tomei um café e voltei à estrada.
Uns quilómetros mais à frente a moto faz a mesma coisa, o motor pára e demora a pegar.
Pensei que havia algum problema e resolvi voltar para trás, agora a velocidade moderada. Mais uns quilómetros e a moto rolava bem.
Afinal vou continuar para Espanha, pensei.
Dei a volta e dei gás para a fronteira. Não valeu de muito, mais uns quilómetros e outra vez o motor a parar. Agora sim, não dá para seguir.
Voltei devagar a Bragança e procurei uma oficina. Depois de encontrar uma, contei o que se tinha passado e disseram-me que iam ver o problema. Mas não detectaram nada, o motor trabalhava bem.
O mecánico teve de ir experimentar a moto para ver o que seria. Passado um pedaço lá veio ele, tinha-lhe acontecido o mesmo, o motor parou. Esteve a ver, com um outro, mas não conseguiram resolver o problema.
Disse que seria na entrada da gasolina (entraria pouca) nas cubas dos carburadores, pois a gasolina saía da torneira e enchia as cubas, fizeram a sangria e tinham gasolina. Não me garantiam a resolução do problema e eu resolvi voltar a casa.
Entretanto tinha contactado o Zé Paulo e fomos almoçar, com o mecánico que é seu amigo. Foi bom estar com o Zé Paulo, mas a minha ideia seria na segunda no regresso.
Tive de fazer todo o IP4 a 70 /80 kms/hora, experimentei acelerar mais mas ao fim de poucos quilómetros o motor parava. Falta de gasolina. Em Amarante saí para a estrada nacional, não valia a pena fazer a auto-estrada àquela velocidade.
Ao final da tarde estava em casa, a minha mãe ainda se assustou pois não me esperava. Afinal eu estava para Espanha.
Foi pena não ter chegado lá, para rever alguns amigos, pois o tempo estava maravilhoso.
Na segunda feira, ontem, levei a moto à Mototrofa para ver se descobriam o problema.
Hoje fui lá ao final da tarde e disseram-me o que era. O tubo que vai da torneira para o motor e que faz a torneira enviar a gasolina estava partido, tinha uma fuga. O vácuo não funcionava em condições e a gasolina não chegava em quantidade suficiente aos carburadores. Um pequeno pormenor que me fez voltar mais cedo.
Se algum dia acontecer alguma coisa semelhante a alguém já poderá ser um ponto a verificar.
Só me falta agradecer ao Zé Paulo pela companhia e disponibilidade em emprestar-me a sua moto para continuar, mas já não seria a mesma coisa.
Obrigado Zé Paulo.
No verão tenho de lá ir, a Anzánigo.