E mais uma....ehehe tenho muitas.....
Boas amigos, fica aqui então o relato da nossa viagem ás “Aldeias Históricas de Portugal” são no total 12 aldeias, mas nos nossos planos iriamos apenas visitar 8 delas, como combinado o ponto de encontro iria ser nos Carvalhos onde esperariamos por os nossos camaradas que vinham do “sul” eheheh, ás 9h em ponto lá estava eu a chegar ao local e já o nossos amigos Kimbusa(Jorge) e Khamsim(pedro) estavam a guardar lugar, o Pedro apesar de não nos puder acompanhar lá estava como prometido para pagar o café aos “aventureiros”
Entretanto chegaram os camaradas que faltavam, o Alfredo e Carlos(vermallon), não digam a ninguém mas diz-se por ai…que o Alfredo tem um pacto com o homem que manda nas condições metereológicas, mas ainda bem para nós porque o dia estava lindo e solarengo, perfeito para o que lá vinha, abraços, partimos para o café prometido pelo Pedro.
Café tomado, abraços e desejos de boa viagem e lá partimos para a nossa viagem, começamos por serpentear ao longo do Douro até Entre-os-Rios, lá paramos para um cigarro e duas de letra e claro tirar a foto da praxe junto ao Anjo como que a pedir protecção para o que ainda vinha.
Tinhamos daqui para a frente como companhia o rio Paiva com os seus furiosos rápidos á nossa direita e a imponente serra de Montemuro que o Alfredo tão bem conhece á esquerda, seguimos sempre por estradas que serpenteavam ao longo da serra passando por aldeias lindas até Alvarenga(terra dos bifes), apartir daqui o Alfredo tomou as rédeas e mostrou-nos uma das mais belas maneiras de se atravessar a Serra .
Entretanto descemos ao lado Este da Serra e apanhamos a EN que liga Cinfães a Castro Dáire.
Lá subimos o belo percurso que esta estrada nos proporciona deixando para trás uma paisagem predominantemente tipica das encostas do Douro e avançando para uma tipica paisagem de montanha despida e imponente.
Entretanto alguns dos companheiros tinham de dar de beber aos cavalos….
Depósitos cheios e siga pra frente que temos muito que andar, o objectivo apartir daqui era encontrar um parque de merendas para comer qualquer coisita que já tinhamos os estômagos a protestar… mas antes de lá chegar a Piaggio do Kimbusa decidiu “atascar” num caminho de gravilha, mas nada que uma ajuda não resolvesse…
Foi uma refeição rápida e eficaz, porque ainda tinhamos muito para andar, de seguida fizemos uma tirada de mais de 100km e só paramos em Trancoso.
Em Trancoso, depois de um café e vermos que apesar de a viagem estar a correr pelo melhor estavamos a demorar mais que o que se pensava no planeamento, e das duas uma, ou os dias tinham de ter mais horas, ou iriamos ter de seguir directo para belmonte e não passar em Linhares da Beira e Sortelha, e bem, como os dias só tem 24h iria ter de ser, portanto fizemos mais uma tirada directa e fizemos cerca de 70 km em direcção a Belmonte sempre com a Estrela em pano de fundo….
Chegados a Belmonte seguimos em direcção á zona antiga da cidade e ainda tivemos direito a umas belas explicações sobre acontecimentos que por lá se passaram, cortesia do nosso camarada Kimbusa, e ainda bem porque aprendi algo que desconhecia e o “saber não ocupa lugar”.
Bem Identificados…..
Belmonte para trás e ainda tinhamos de fazer cerca de 70km até Idanha-a-Nova onde o Kimbusa tinha marcado na Pousada da Junventude e eu o Alfredo e o Carlos iriamos até ao parque de campismo junto á barragem onde passariamos a noite, quando chegamos já estava escuro, foi tempo de montar o abrigo e fazer o jantar...Passado umas horas ainda tivemos a visita do kimbusa que veio da vila para passar um pouco de tempo com o resto dos viajantes, estivemos uma ou duas horas a contar e ouvir contar estórias da vida…
De manhã eram 8h e estavamos a levantar ferros….
Seguiriamos daqui para Idanha-a-Velha, é uma aldeia histórica completamente muralhada, entramos e que beleza tinha, aconselho a visitar…
Deixamos Idanha-a-Velha para trás com destino á imponente Monsanto, conhecida por ser a aldeia mais portuguesa de Portugal…
Ainda em Monsanto o céu começou a benzer os viajantes, e seria assim durante muito tempo, chegamos a não ter quase visiblidade nenhuma devido ás fortes chuvas, mas continuamos o destino era agora Piodão, chegamos á cidade do Fundão onde continuava a chover fortemente e aqui o nosso camarada Kimbusa decidiu terminar a viagem e rumar a casa visto que as estradas não estavam nas melhores condições e os pneus que equipavam a sua Piaggio Fly não eram os mais indicados para fazer frente a tanta agua na estrada, já antes tinha apanhado uns valentes sustos, bem fizemos os votos de boa viagem e seguimos apenas 3 para Piodão, cerca de 10/15 minutos de o nosso camarada ter decidido rumar a casa o tempo amainou, e tivemos apartir dai sempre um solzinho envergonhado mas que dava para aquecer, direcções tomadas e siga para piodão, e digo-vos já que o caminho é deslumbrante, parece pinturas imaginadas pelos deuses , vales a perder de vista, cumes a tocar nas nuvens, aldeias como que perdidas no meio do nada, simplesmente fantástico.
De Piodão decidimos Rumar a casa pelo trajecto mais directo, e qual não foi a surpresa que quando pensavamos que já não iriamos ter mais nada de interessante, entramos na EN230 em Vide e fizemos cerca de 25km e posso dizer seguramente que está no Top 5 de estradas mais porreiras que já fiz de mota, apartir daqui foi seguir viagem até casa, com um total de 763km feitos com a melhor companhia possivel foi para mim uma viagem memorável e sem duvida a repetir, abraço.