Transouto escreveu:..neste seguimento, aventura mesmo será fazer a viagem sem os actuais GPS....
V
Em grandes viagens creio que só uma vez usei/levei o GPS - uma viagem a ida e volta de Lisboa a Berlim.
O GPS para mim é realmente útil e é quase insubstituível em apenas dois casos: na navegação por azimute em zonas desertas e na cidade, quando conhecemos mal os locais e queremos ir para uma morada ou coordenadas concretas.
vitorsousa escreveu:Tal e qual, mas estes 2 viajantes nunca ou raramente levam a Maria atrás.....e quando a Maria exige que o pequeno passeio "meta" férias na praia, então.......só se resolve com planeamento e muito
, isto e mais 3 pequenos factores, sincronizar férias, tempo contado (, "guito" também
) e fobia a parques de campismo (a última experiência remonta a 2007, Junho, Évora, Verão e choveu de tal forma que julguei que o parque de campismo tinha sido "invadido" pelo rio Xarrama.....os meus amigos, que ficaram em tendas, tiverem que pedir emprestados uns remos para se debaterem com a enchente
), foi uma experiência a nunca mais "experimentar".......
Mas o gosto do planeamento e da antecipação, dá um gozo do caraças.....faz tudo parte da diversidade do "nosso mundo".
O Real McCoy (verdadeiro vadio viajante) é o António. Eu limito-me a brincar aos viajantes durante 2 ou 3 semanas no Verão. Mas creio que dá para sentir o "perfume da improvisação" e da vadiagem sem "grandes planos".
É verdade que normalmente com pendura se têm que ter outros cuidados no planeamento. Mas mais uma vez, tudo depende das pessoas em causa. De facto nunca tive uma pendura que alinhasse nas minhas formas de viajar mais... radicais...
Mas verdade se diga que raríssimamente encontrei companheiros(as) de aventuras com uma onda de viagem semelhante à minha. Gostos semelhantes por viajar à ciganito e sem planos, que também chegue às 8 ou 9 da noite (ou às vezes mais tarde) sem preocupações sobre o local onde vão dormir, só porque está a saber divinalmente viajar ao final do dia... Mas eles (e elas) existem e estão por aí dispersos pelo mundo. Nos vídeos editados pelo portal Horizons Unlimited, por exemplo, há muitos testemulhos de gente que anda a viajar de moto como o Queirós fez meses a fio e como eu tento ensaiar meia dúzia de dias no Verão. Por isso deverá haver alguma "Maria"
out there (não necessariamente a "nossa"
) que gosta das coisas ao improviso...
O campismo pode ser uma experiência maravilhosa, mas também pode traumatizante para alguém que não tenha o devido "mind set" (mentalização). Exemplo: chuvas, mosquitos... De qualquer modo para mim, o campismo não é de forma alguma uma obrigação, mas uma possibilidade (que alterno com algumas outras) que em certos locais é precisamente aquilo que faz sentido. E quando é assim, é uma das formas mais harmoniosas que se andar a conhecer outras paragens. Há momentos de campismo "selvagem" que nunca esquecerei. Mas o campismo, como forma de pernoita, é apenas uma das facetas da viagem de improviso... Fico-me no entanto, para já, por aqui....
Ainda acerca do planeamento, eu na verdade até faço alguma forma de preparação, cá à minha maneira. Vou lendo livros, guias, durante o ano, trocando impressões com outros. Poucos dias antes de me poder libertar, compro um ou dois mapas do local escolhido e lá vou eu. E nessa altura já sei alguma coisa dos locais para onde vou e tenho uma ideia da direcção que vou tomar. Mas é só durante a viagem que vou acertando o trajecto, de acordo com as vontades e com o que vou vendo e aprendendo. Tá visto que desta forma nunca hei-de ir para locais que requerem necessariamente preparação. Vou ter que fazer algumas concessões um dia!...
Zé Paulo.