Boggas Sex 17 Set 2010, 21:06
2 Etapa
Acordamos com vista para a baia de tanger, arrancamos para sul em mais um dia de ligação. A saída de Tanger passamos ao lado de uma carrinha cheias de Turistas que foram o tempo todo a apontar para nós e a tirar fotos. Estamos no fim do Ramadão por isso tivemos alguma dificuldade em comprar pão e quando o conseguimos eis que a 1 “avaria”, a DR não voltou a pegar, tentamos de empurram e nada, então começamos a desmontar o lembramos, entretanto quando dou por ela já temos uma plateia de 30 marroquinos todos a assistir… 1 diagnóstico foi que a mota tinha de arrefecer, depois corta corrente, fusíveis, até que chegamos ao Relé e CDI… quando já estava a ver que ia voltar para Espanha, o Ricardo lembra-se de desligar a bateria e é nessa altura que repara que os bornes estavam praticamente desligados, bastou apertar os parafusos e a mota pegou logo a primeira. Com a brincadeira perdemos quase 2 horas, então foi sempre andar até Azrou, onde a Transalp voltou a fazer das dela… assim que subimos o atlas a menina começou logo a engasgar e não passava dos 90km\h. Paramos em Midelt para um chá de menta e um pouco de conversa com 2 locais, entretanto começou a escurecer e seguimos para sul. Com estes contratempos só chegamos ao Vale do Ziz perto das 21h.
Fomos bem acolhidos no Albergue Jurassic com um jantar com direito a 2 pratos e varias sobremesas… O Ricardo ficou na conversa com o dono e eu limitei-me a ouvir e a tentar perceber o que diziam.
Amanha vamos começar as Pistas e entrar no Deserto….
3 Etapa
Quando acordei verifiquei o local lindo onde o albergue estava instalado, as gargantas do Ziz são magníficas. A caminho de Er rachidia ia ficando a pé, mas a Transalp chegou a bomba com os vapores do depósito. Depois de tudo atestado lá fomos para Boudnib para entrarmos em pista até Merzouga. O inicio era com muita pedra, mas mesmo assim rolante, aqui voltamos a ter sessão de mecânica, desta vez a DR partiu o Cabo de embraiagem, o tempo até que ajudou já que estava meio encoberto e por isso não torramos muito enquanto se trocava o cabo, depois encontramos uns nómadas a tirar agua de um poço no meio do nada. Seguimos viagem e a pista foi se tornando cada vez mais rolante, mas íamos em ritmo de passeio, apesar de estar com vontade de forçar um pouco mais o ritmo, até que começou a areia, um pouco ali um pouco aqui. Paramos num Oásis para petiscar onde estavam mais uns Nómadas a repousar a sombra das palmeiras. O local era muito giro, mas não ficamos muito tempo, e seguimos para o Erg Chebbi. Ao passar por uma aldeia não é que dou um malho enorme… sou projectado coma mota e aterro na areia de cabeça e com o ombro… resultado, dores no ombro e costados e a mota com uma mala empenada, direcção torcida e guarda-lama partido. A Maquina estava a filmar mas quando me levantei tinha o capacete e a máquina cheia de areia e no visor dizia “SOS”, ela trabalha mas não gravou o malho, a máquina dá mesmo uso ao nome e então não grava quedas. Depois com dores lá tive que levantar a mota sozinho com 10 garotos de volta de mim a falar qualquer coisa que eu não percebia. Assim que o Ricardo voltou para trás eu já estava em cima da mesma e arrancar, mas tive de parar logo a frente porque a direcção estava muito torcida. Depois disto todo continuamos até ao albergue, pela zona de areia e dunas onde fiquei atascado 2 vezes por estar todo abananado do valente malho que dei. Quando paramos no Albergue foi logo dar um mergulho na piscina para arrefecer o braço. Por fim fomos jantar onde as dores aparecerem logo até agora apesar do gelo que já meti. Amanha vamos ver como acordo…