Olá a todos,
A primeira vez que fui a Marrocos senti que havia muito mundo para descobrir.
Apenas uma semana e vi que viajar é mesmo das coisas boas da vida.
Já foi em Maio de 93 e poderá haver alguns nomes menos bem escritos mas penso que as fotos compensarão.
Marrocos é um destino acessível para uma semana de férias ou melhor em dez dias.
MARROCOS 93
Esta viagem foi realizada no início de Maio de 93, por Pimenta, Fernandes e Queirós.
Nas concentrações aonde íamos, entre 89 e 91, ouvíamos falar de Marrocos como um destino especial onde se encontrava um mundo diferente do nosso.
Sempre que ouvíamos alguém falar sobre o assunto procurávamos saber mais alguma coisa e fazíamos perguntas sobre tudo e mais alguma coisa, pois era um destino que nos atraía.
Como queríamos perder o mínimo possível de dias de trabalho saímos numa sexta-feira à noite em direcção a Algeciras onde iríamos fazer a travessia do estreito de Gibraltar. Foi uma das noites mais cansativas e desesperantes que já tive a conduzir.
Depois de um dia de trabalho sair para a estrada durante a noite foi a pior coisa que podíamos ter feito, mas na hora não pensámos assim. Ao chegar à zona de Elvas ainda íamos bem, mas depois quando a luz do dia começou a aparecer, já na parte espanhola, com aquelas grandes rectas o cansaço foi o nosso maior inimigo. Os olhos fechavam-se apesar do esforço para os manter abertos. Tínhamos de fazer sinais uns aos outros para nos mantermos acordados. Depois que o sol nasceu o sono passou e já conseguimos ir mais à vontade.
Naquele fim-de-semana havia Grande Prémio em Jerez de La Frontera e, como já era sábado, passavam dezenas de motociclistas nessa direcção. Para nós ir a Jerez já não era nada de especial.
A meio da tarde atravessámos para Tânger, pois tinham-nos dito que no barco já se podia ir adiantando a burocracia. Também já pudemos arranjar alguns dirhams, moeda marroquina. Ficámos numa espécie de parque de campismo à saída de Tânger e aí tivemos a nossa primeira “experiência”. Perguntámos o preço e depois de acertado, o dono pediu os nossos passaportes para fazer o registo e que no dia seguinte no-los devolveria e nós maçaricos e principiantes nas viagens entregámos. O pior foi que no dia seguinte quando pedimos os passaportes para continuar, o indivíduo exigiu mais dinheiro senão não entregava os passaportes. Discutimos sei lá quanto tempo, mas no fim pagámos o que ele queria a mais, que nem era muito, e seguimos.
Até passar a cordilheira do Atlas a paisagem é mediterrânica, muito semelhante ao sul do Alentejo ou de Espanha. Na parte final da subida a estrada estava em obras e foi meio complicado passar aquela zona cheia de cascalho.
Mas depois compensou o esforço. Uma paisagem totalmente diferente foi o que nos surgiu ao fim de uns quilómetros. Ainda não era o deserto mas parecia. Apenas o rio Ziz, com pouca água, mostrava que podia haver vida por ali. No passo do legionário podia-se contemplar esse imenso vale, mas sem grande verdura.
Primeira foto em Marrocos
Passo do legionário
Ao chegar a Er Rachidia começámos a sentir o assédio dos miúdos marroquinos. Mal parámos para tirar uma foto à entrada da cidade já eles estavam de volta de nós a pedir coisas. Continuámos em direcção a Midelt e a certo ponto notou-se alguma verdura no meio daquele planalto. Saímos da estrada e fomos por um trilho até à beira de um vale espectacular. O rio Ziz tinha escavado um vale no planalto e só aí existia verdura, em cima era tudo seco. Pouco depois a estrada descia para o vale e mais à frente continuava para o outro lado.
Sempre que parávamos para tirar uma foto, fosse onde fosse, mesmo no lugar que parecia mais longe de tudo, aparecia sempre alguém ao pé das motos. Só para ver ou para pedir alguma coisa.
Entrada de Er Rachidia
Vale do rio Ziz
Em Rissani, acesso à pista para Merzouga, tentámos saber como chegar lá e convidaram-nos a ir tomar um chá enquanto nos explicavam o caminho. Fomos e vimos logo que também nos iriam querer vender alguma coisa, pois era uma loja com muitos artigos. O chá até soube bem e um dos sujeitos fez-nos um esquema num pedaço de papel sobre como chegar a Merzouga. Mas antes já me tinham “convencido” a comprar um tapete, um “kilim” dos berberes, depois de muito marralhar e discutir sobre o preço. O Fernandes também foi ”convencido” pelo mesmo vendedor a comprar um. Quando eu lhe disse que já havia um preço ele disse que cada negócio era diferente por isso ia negociar com o meu amigo o preço para o seu tapete. O Pimenta comprou um punhal de prata.
Depois de arranjarmos alguma água, pois íamos para o deserto, entrámos no trilho e ao fim de alguns quilómetros já não conseguíamos saber para onde íamos. Não conseguíamos identificar os pontos que nos haviam dado. Voltámos para trás ao início do trilho.
Começámos outra vez e aquele que era um rio não passava de um pequeno traço no chão onde teria passado água alguma vez e uma casa era grupo de pedras que formava o que teria sido um dos cantos da dita.
Fomos seguindo o que nos pareceu o trilho principal. O piso era uma espécie de barro duro em que se notavam alguns rodados.
Ia a passar por nós um camião e fizemos sinal para parar e perguntámos se era aquela a direcção para Merzouga. Sim, disse o camionista, vinde atrás de mim que eu vou para lá. Procurámos segui-lo mas ao fim de uns quilómetros no meio desse barro havia uma porção de areia e dei um trambulhão. Não houve azar mas deu para ver que era preciso cuidado pois havia bastante areia nalguns pontos. O camião seguiu e aproveitámos para fazer umas fotos e até havia, no meio daquele imensidão de nada, uma simples placa com uma seta a dizer “CAFÉ”.
Pouco depois cruzou-se connosco, num trilho aí a uns cem metros, uma carrinha que levava uma moto num atrelado. Mais um sinal para parar e confirmar se aquela é a direcção certa.
Sim, diz-nos o francês, ali ao fundo vê-se um pequeno monte de areia e na sua base fica Merzouga.
O pequeno monte de areia é uma das maiores dunas com quase trezentos metros de altura. Agora com aquele ponto de referência já podíamos ir nas calmas sem medo de nos perdermos. Tivemos que atravessar uma zona de deserto com trinta e cinco quilómetros, o deserto negro, onde um pó preto e pedras pequenas negras cobriam o chão até onde a vista alcançava.
Ao entrar em Merzouga havia um posto de polícia onde nos mandaram parar e tivemos que mostrar o passaporte. Mas, entrámos num país diferente ou quê?
Hotel Merzouga
O hotelzinho onde ficámos era muito simples. O quarto de banho apenas tinha um buraco no chão para fazer as necessidades e um balde com água para lavar a cara. No final do jantar, no hotel, alguns dos empregados vieram para junto de nós e estiveram a tocar tambores e a cantar, pois além de nós só mais um casal estava ali. Na aldeia só havia electricidade das nove às onze da noite, período em que o gerador trabalhava. Depois era o silêncio.
No dia seguinte fomos dar uma volta de camelo, melhor dizendo dromedário, pelas dunas depois de muita discussão sobre o preço que devíamos pagar. Por aquelas bandas é uma honra discutir os preços das coisas. O preço não pode ser feito sem negociar.
Atolado na areia
Também andámos com as motos nas dunas mas era muito complicado. Estavam sempre a ficar atoladas e era um perigo por causa das quedas.
Deserto negro na saída para Erfoud
Saímos em direcção a Erfoud seguindo os postes da linha telefónica. Era um dos modos de não nos perdermos naquele deserto. Agora já não há esta linha telefónica e a estrada para Rissani está asfaltada.
Continuámos para Tinerhir. Logo pela manhã passámos no meio de uma tempestade de areia. Não seria muito forte mas para nós já era muita areia.
No parque de campismo vimos que a areia tinha conseguido entrar em todos os sacos. Ficámos num “bungalow” que era apenas um quarto com beliches, porque o preço era quase o mesmo que para montar a tenda.
]Tinerhir - parte antiga
Na manhã seguinte fomos visitar a parte antiga da cidade que é muito interessante e ainda fomos até à zona do palmar.
No palmar de Tinerhir
Da parte de tarde fomos fazer o percurso das gargantas do Todra e do Dadés.
Vista sobre Tinerhir
Entrada na garganta do rio Todra
Foi um percurso espectacular fazendo a ligação pela alta montanha entre estes dois rios.
Na montanha entre Todra e Dadés
No vale do rio Dadés
Vale do rio Dadés
No final vimos que as bichas do conta-quilómetros das motos do Pimenta e do Fernandes partiram.
No dia seguinte começámos a vir para norte pois o tempo era escasso.
Neve nas montanhas do Atlas
Nascente do rio
Fomos visitar a Floresta de Cedros e ainda as nascentes de Sources Oum Er’ Rbia, onde em dois ou três pontos um rio sai da montanha. Uma volta que valeu o desvio efectuado.
Vale depois da nascente
Ficámos ainda em Azhilla, antiga cidade portuguesa do tempo dos descobrimentos.
A partir daqui, próximo de Tanger, já só pensávamos quando poderíamos ter uma nova oportunidade para regressar a este país que nos marcou tanto.
Tânger - saída do porto
Eu, felizmente, já lá pude ir mais duas vezes em 1997 e 2001, o Pimenta ainda não voltou e o Fernandes nunca mais vai voltar pois, malvada vida, já morreu.
Ah! Só mais uma coisa. Passados quinze dias a bicha do conta-quilómetros da minha moto também partiu.
António Queirós
Março-2008
Espero que este pequeno relato desperte ou aumente o desejo de viajar em todos.
Um abraço e boa Páscoa.
antonio.q
A primeira vez que fui a Marrocos senti que havia muito mundo para descobrir.
Apenas uma semana e vi que viajar é mesmo das coisas boas da vida.
Já foi em Maio de 93 e poderá haver alguns nomes menos bem escritos mas penso que as fotos compensarão.
Marrocos é um destino acessível para uma semana de férias ou melhor em dez dias.
MARROCOS 93
Esta viagem foi realizada no início de Maio de 93, por Pimenta, Fernandes e Queirós.
Nas concentrações aonde íamos, entre 89 e 91, ouvíamos falar de Marrocos como um destino especial onde se encontrava um mundo diferente do nosso.
Sempre que ouvíamos alguém falar sobre o assunto procurávamos saber mais alguma coisa e fazíamos perguntas sobre tudo e mais alguma coisa, pois era um destino que nos atraía.
Como queríamos perder o mínimo possível de dias de trabalho saímos numa sexta-feira à noite em direcção a Algeciras onde iríamos fazer a travessia do estreito de Gibraltar. Foi uma das noites mais cansativas e desesperantes que já tive a conduzir.
Depois de um dia de trabalho sair para a estrada durante a noite foi a pior coisa que podíamos ter feito, mas na hora não pensámos assim. Ao chegar à zona de Elvas ainda íamos bem, mas depois quando a luz do dia começou a aparecer, já na parte espanhola, com aquelas grandes rectas o cansaço foi o nosso maior inimigo. Os olhos fechavam-se apesar do esforço para os manter abertos. Tínhamos de fazer sinais uns aos outros para nos mantermos acordados. Depois que o sol nasceu o sono passou e já conseguimos ir mais à vontade.
Naquele fim-de-semana havia Grande Prémio em Jerez de La Frontera e, como já era sábado, passavam dezenas de motociclistas nessa direcção. Para nós ir a Jerez já não era nada de especial.
A meio da tarde atravessámos para Tânger, pois tinham-nos dito que no barco já se podia ir adiantando a burocracia. Também já pudemos arranjar alguns dirhams, moeda marroquina. Ficámos numa espécie de parque de campismo à saída de Tânger e aí tivemos a nossa primeira “experiência”. Perguntámos o preço e depois de acertado, o dono pediu os nossos passaportes para fazer o registo e que no dia seguinte no-los devolveria e nós maçaricos e principiantes nas viagens entregámos. O pior foi que no dia seguinte quando pedimos os passaportes para continuar, o indivíduo exigiu mais dinheiro senão não entregava os passaportes. Discutimos sei lá quanto tempo, mas no fim pagámos o que ele queria a mais, que nem era muito, e seguimos.
Até passar a cordilheira do Atlas a paisagem é mediterrânica, muito semelhante ao sul do Alentejo ou de Espanha. Na parte final da subida a estrada estava em obras e foi meio complicado passar aquela zona cheia de cascalho.
Mas depois compensou o esforço. Uma paisagem totalmente diferente foi o que nos surgiu ao fim de uns quilómetros. Ainda não era o deserto mas parecia. Apenas o rio Ziz, com pouca água, mostrava que podia haver vida por ali. No passo do legionário podia-se contemplar esse imenso vale, mas sem grande verdura.
Primeira foto em Marrocos
Passo do legionário
Ao chegar a Er Rachidia começámos a sentir o assédio dos miúdos marroquinos. Mal parámos para tirar uma foto à entrada da cidade já eles estavam de volta de nós a pedir coisas. Continuámos em direcção a Midelt e a certo ponto notou-se alguma verdura no meio daquele planalto. Saímos da estrada e fomos por um trilho até à beira de um vale espectacular. O rio Ziz tinha escavado um vale no planalto e só aí existia verdura, em cima era tudo seco. Pouco depois a estrada descia para o vale e mais à frente continuava para o outro lado.
Sempre que parávamos para tirar uma foto, fosse onde fosse, mesmo no lugar que parecia mais longe de tudo, aparecia sempre alguém ao pé das motos. Só para ver ou para pedir alguma coisa.
Entrada de Er Rachidia
Vale do rio Ziz
Em Rissani, acesso à pista para Merzouga, tentámos saber como chegar lá e convidaram-nos a ir tomar um chá enquanto nos explicavam o caminho. Fomos e vimos logo que também nos iriam querer vender alguma coisa, pois era uma loja com muitos artigos. O chá até soube bem e um dos sujeitos fez-nos um esquema num pedaço de papel sobre como chegar a Merzouga. Mas antes já me tinham “convencido” a comprar um tapete, um “kilim” dos berberes, depois de muito marralhar e discutir sobre o preço. O Fernandes também foi ”convencido” pelo mesmo vendedor a comprar um. Quando eu lhe disse que já havia um preço ele disse que cada negócio era diferente por isso ia negociar com o meu amigo o preço para o seu tapete. O Pimenta comprou um punhal de prata.
Depois de arranjarmos alguma água, pois íamos para o deserto, entrámos no trilho e ao fim de alguns quilómetros já não conseguíamos saber para onde íamos. Não conseguíamos identificar os pontos que nos haviam dado. Voltámos para trás ao início do trilho.
Começámos outra vez e aquele que era um rio não passava de um pequeno traço no chão onde teria passado água alguma vez e uma casa era grupo de pedras que formava o que teria sido um dos cantos da dita.
Fomos seguindo o que nos pareceu o trilho principal. O piso era uma espécie de barro duro em que se notavam alguns rodados.
Ia a passar por nós um camião e fizemos sinal para parar e perguntámos se era aquela a direcção para Merzouga. Sim, disse o camionista, vinde atrás de mim que eu vou para lá. Procurámos segui-lo mas ao fim de uns quilómetros no meio desse barro havia uma porção de areia e dei um trambulhão. Não houve azar mas deu para ver que era preciso cuidado pois havia bastante areia nalguns pontos. O camião seguiu e aproveitámos para fazer umas fotos e até havia, no meio daquele imensidão de nada, uma simples placa com uma seta a dizer “CAFÉ”.
Pouco depois cruzou-se connosco, num trilho aí a uns cem metros, uma carrinha que levava uma moto num atrelado. Mais um sinal para parar e confirmar se aquela é a direcção certa.
Sim, diz-nos o francês, ali ao fundo vê-se um pequeno monte de areia e na sua base fica Merzouga.
O pequeno monte de areia é uma das maiores dunas com quase trezentos metros de altura. Agora com aquele ponto de referência já podíamos ir nas calmas sem medo de nos perdermos. Tivemos que atravessar uma zona de deserto com trinta e cinco quilómetros, o deserto negro, onde um pó preto e pedras pequenas negras cobriam o chão até onde a vista alcançava.
Ao entrar em Merzouga havia um posto de polícia onde nos mandaram parar e tivemos que mostrar o passaporte. Mas, entrámos num país diferente ou quê?
Hotel Merzouga
O hotelzinho onde ficámos era muito simples. O quarto de banho apenas tinha um buraco no chão para fazer as necessidades e um balde com água para lavar a cara. No final do jantar, no hotel, alguns dos empregados vieram para junto de nós e estiveram a tocar tambores e a cantar, pois além de nós só mais um casal estava ali. Na aldeia só havia electricidade das nove às onze da noite, período em que o gerador trabalhava. Depois era o silêncio.
No dia seguinte fomos dar uma volta de camelo, melhor dizendo dromedário, pelas dunas depois de muita discussão sobre o preço que devíamos pagar. Por aquelas bandas é uma honra discutir os preços das coisas. O preço não pode ser feito sem negociar.
Atolado na areia
Também andámos com as motos nas dunas mas era muito complicado. Estavam sempre a ficar atoladas e era um perigo por causa das quedas.
Deserto negro na saída para Erfoud
Saímos em direcção a Erfoud seguindo os postes da linha telefónica. Era um dos modos de não nos perdermos naquele deserto. Agora já não há esta linha telefónica e a estrada para Rissani está asfaltada.
Continuámos para Tinerhir. Logo pela manhã passámos no meio de uma tempestade de areia. Não seria muito forte mas para nós já era muita areia.
No parque de campismo vimos que a areia tinha conseguido entrar em todos os sacos. Ficámos num “bungalow” que era apenas um quarto com beliches, porque o preço era quase o mesmo que para montar a tenda.
]Tinerhir - parte antiga
Na manhã seguinte fomos visitar a parte antiga da cidade que é muito interessante e ainda fomos até à zona do palmar.
No palmar de Tinerhir
Da parte de tarde fomos fazer o percurso das gargantas do Todra e do Dadés.
Vista sobre Tinerhir
Entrada na garganta do rio Todra
Foi um percurso espectacular fazendo a ligação pela alta montanha entre estes dois rios.
Na montanha entre Todra e Dadés
No vale do rio Dadés
Vale do rio Dadés
No final vimos que as bichas do conta-quilómetros das motos do Pimenta e do Fernandes partiram.
No dia seguinte começámos a vir para norte pois o tempo era escasso.
Neve nas montanhas do Atlas
Nascente do rio
Fomos visitar a Floresta de Cedros e ainda as nascentes de Sources Oum Er’ Rbia, onde em dois ou três pontos um rio sai da montanha. Uma volta que valeu o desvio efectuado.
Vale depois da nascente
Ficámos ainda em Azhilla, antiga cidade portuguesa do tempo dos descobrimentos.
A partir daqui, próximo de Tanger, já só pensávamos quando poderíamos ter uma nova oportunidade para regressar a este país que nos marcou tanto.
Tânger - saída do porto
Eu, felizmente, já lá pude ir mais duas vezes em 1997 e 2001, o Pimenta ainda não voltou e o Fernandes nunca mais vai voltar pois, malvada vida, já morreu.
Ah! Só mais uma coisa. Passados quinze dias a bicha do conta-quilómetros da minha moto também partiu.
António Queirós
Março-2008
Espero que este pequeno relato desperte ou aumente o desejo de viajar em todos.
Um abraço e boa Páscoa.
antonio.q