Boas
Saiu hoje - 2 Nov 08 - esta noticia no Expresso - edição on-line:
Abraços
Pedro
Saiu hoje - 2 Nov 08 - esta noticia no Expresso - edição on-line:
Porto, 22
Nov (Lusa) - Uma dúzia de motards do Porto associou-se hoje ao lançamento de uma campanha da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) contra a violência doméstica, que visa conseguir que homens se solidarizem com as vítimas deste crime.
O lançamento da campanha "Eu não sou cúmplice" teve início cerca das 15:00, na Rua do Paraíso, Porto, de onde saiu uma caravana composta pelas motos e alguns automóveis.
"A ideia é passar por cinco sítios onde mulheres foram assassinadas, fazendo-lhes uma homenagem", afirmou, em declarações à Lusa, Maria José Magalhães, da UMAR.
São Roque da Lameira, Ermesinde, Jovim, Valongo e Nogueira da Maia são os locais escolhidos para o percurso.
De acordo com a UMAR, 2008 tem sido um ano negro de violência doméstica no país.
"Homicídios e tentativas e homicídio ultrapassam os números dos últimos cinco anos", refere a associação, que salienta que o Porto foi o distrito onde mais mulheres foram este ano vítimas de homicídio (17), seguido de Lisboa (13).
Os dados da UMAR, entre o início do ano e a última terça-feira (dia 18 , apontam para a morte de 43 mulheres vítima de violência de género, nas relações de intimidade, às mãos dos maridos, companheiros, namorados, ex-maridos, ex-companheiros e ex-namorados.
"É necessária uma resposta mais consistente", defendeu Maria José Magalhães, para quem "a sociedade deve dar as mãos" para que as vítimas de violência doméstica consigam prosseguir a sua vida depois de abandonarem a sua casa e fugirem do agressor.
Babiana Ferraz, de 44 anos e mãe de dois filhos, era hoje uma motard empenhada em mostrar a sua "abominação" pela violência doméstica.
Decidiu, juntamente com os restantes membros do seu agregado familiar, participar nesta iniciativa, sendo que de sua casa saíram da garagem três Harley-Davidson (a dela, a do marido e a do filho).
Sérgio Miranda, de 39 anos, participou nesta caravana com a sua Honda, que tinha presos balões pretos, simbolizando a morte das vítimas da violência doméstica.
Na opinião deste motard, "não é com base na violência que se resolvem as coisas" e a presença de motards nesta luta demonstra também que "não são pessoas más, como por vezes parece".
Sérgio Miranda apontou a "falta de respeito mútuo" como uma das causas da violência, lamentando que "os valores estejam deturpados, o que faz com que, ao mínimo desacato, já se esteja a faltar ao respeito".
JAP.
Lusa/fim
Parabéns pela iniciativaNov (Lusa) - Uma dúzia de motards do Porto associou-se hoje ao lançamento de uma campanha da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) contra a violência doméstica, que visa conseguir que homens se solidarizem com as vítimas deste crime.
O lançamento da campanha "Eu não sou cúmplice" teve início cerca das 15:00, na Rua do Paraíso, Porto, de onde saiu uma caravana composta pelas motos e alguns automóveis.
"A ideia é passar por cinco sítios onde mulheres foram assassinadas, fazendo-lhes uma homenagem", afirmou, em declarações à Lusa, Maria José Magalhães, da UMAR.
São Roque da Lameira, Ermesinde, Jovim, Valongo e Nogueira da Maia são os locais escolhidos para o percurso.
De acordo com a UMAR, 2008 tem sido um ano negro de violência doméstica no país.
"Homicídios e tentativas e homicídio ultrapassam os números dos últimos cinco anos", refere a associação, que salienta que o Porto foi o distrito onde mais mulheres foram este ano vítimas de homicídio (17), seguido de Lisboa (13).
Os dados da UMAR, entre o início do ano e a última terça-feira (dia 18 , apontam para a morte de 43 mulheres vítima de violência de género, nas relações de intimidade, às mãos dos maridos, companheiros, namorados, ex-maridos, ex-companheiros e ex-namorados.
"É necessária uma resposta mais consistente", defendeu Maria José Magalhães, para quem "a sociedade deve dar as mãos" para que as vítimas de violência doméstica consigam prosseguir a sua vida depois de abandonarem a sua casa e fugirem do agressor.
Babiana Ferraz, de 44 anos e mãe de dois filhos, era hoje uma motard empenhada em mostrar a sua "abominação" pela violência doméstica.
Decidiu, juntamente com os restantes membros do seu agregado familiar, participar nesta iniciativa, sendo que de sua casa saíram da garagem três Harley-Davidson (a dela, a do marido e a do filho).
Sérgio Miranda, de 39 anos, participou nesta caravana com a sua Honda, que tinha presos balões pretos, simbolizando a morte das vítimas da violência doméstica.
Na opinião deste motard, "não é com base na violência que se resolvem as coisas" e a presença de motards nesta luta demonstra também que "não são pessoas más, como por vezes parece".
Sérgio Miranda apontou a "falta de respeito mútuo" como uma das causas da violência, lamentando que "os valores estejam deturpados, o que faz com que, ao mínimo desacato, já se esteja a faltar ao respeito".
JAP.
Lusa/fim
Abraços
Pedro